Em sua última reunião empresarial do ano, a Fiabci/Brasil promoveu, em parceria com seu principal member Secovi-SP, a tradicional mesa-redonda para avaliar o atual cenário do mercado imobiliário e o panorama político-econômico brasileiro, bem como para apontar as perspectivas e tendências para o novo ano. E o que esperar de 2015? O consenso é o de que a economia nacional precisa ser reativada. E que mesmo frente ao atual cenário inflacionário e à retração dos negócios, e vislumbrando-se um ano em que os ajustes fiscais precisam ser feitos para que a economia brasileira volte a crescer, 2015 não pode ser marcado pelo pessimismo. Ainda que pairem muitas incertezas, essencialmente face às mudanças do governo federal que tomará posse a 1º de janeiro, a previsão é a de que, sem pessimismo, mas com muito trabalho, 2015 pode, sim, ser bem melhor do que 2014.
O evento, ocorrido no dia 3/12, reuniu mais de 200 empresários e profissionais do setor imobiliário e da construção civil, na sede das duas entidades, em São Paulo. Além das participações de Basilio Jafet, presidente da Fiabci/Brasil; Claudio Bernardes, presidente do Secovi-SP, e de Rodrigo Uchôa Luna, diretor da Plano&Plano Construções e Participações, que coordenou os trabalhos, a mesa contou com quatro oportunas palestras destinadas a apontar as possibilidades do Brasil e do setor imobiliário para 2015, dadas por Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), falando sobre o comportamento do crédito imobiliário em 2014 e as tendências para 2015; Arnaldo Curiati, presidente da Abyara Brokers Intermediação Imobiliária, abordando as tendências da comercialização de imóveis; Sandro Gamba, CEO da Gafisa S/A, apontando os resultados e perspectivas da incorporação e construção imobiliária; e o jornalista Reinaldo Azevedo, colunista de VEJA e da Folha de S. Paulo, e âncora do programa “Os Pingos nos Is”, na rádio Jovem Pan, destacando o cenário atual e futuro político do Brasil.
Para o setor, o ano de 2014 está terminando com resultados nada parecidos com os do ano passado. Carnaval somente no mês de março, Copa do Mundo, eleições, economia desaquecida e os escândalos de corrupção (como o que atinge a Petrobrás e é considerado como um dos maiores da história do Brasil) são razões pra lá de evidentes e fortes para a desaceleração do mercado neste ano. Apesar de os resultados do mercado terem apresentado melhora no segundo semestre, principalmente a partir do mês de setembro, e após um primeiro semestre marcado pela queda nas vendas, 2014 apresenta resultados piores do que 2103 tanto em volume de vendas, quanto em número de lançamentos.
Já os financiamentos imobiliários deverão chegar ao fim deste ano com um crescimento pouco acima de 5,0% em relação a 2013. Esta é a estimativa apontada por Octavio de Lazari Junior, presidente da Abecip, que justifica esse crescimento bem abaixo do previsto no início do ano pelo baixo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do país, bem como pela influência do elevado grau de disputa na corrida eleitoral para a Presidência da República, que acabou por gerar insegurança entre empresários e consumidores, com relação aos rumos da economia. Por outro lado, Lazari destaca que o volume de financiamentos baterá o recorde de 2013, quando totalizaram R$ 109,2 bilhões.
Abaixo, você acompanha as palestras de Octavio de Lazari Junior (Abecip) e de Sandro Gamba (Gafisa) e clicando
aqui veja as fotos de como foi o evento. E atenção: nas próximas publicações da Fiabci/Brasil, a coluna ‘Fiabci Brasil Informa’ (publicada todas as terças-feiras em O Estado de S.Paulo) e o boletim informativo mensal ‘Fiabci Hoje’, você poderá acompanhar notícias e destaques das palestras dadas na mesa-redonda.
