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"A retomada aos escritórios e as transformações pós-pandemia" - O Estado de S.Paulo - Cad. Economia e Negócios - pág. B6.


A retomada aos escritórios e as transformações pós-pandemia
 
Atividades presenciais voltam a aquecer o setor, reforçando, cada vez mais, um otimismo para o mercado imobiliário
 
 
Por Adriano Sartori*
 
A retomada ao presencial está cada vez mais próxima de se equiparar aos níveis pré-pandêmicos, e a perspectiva é que, em 2024, o movimento se intensifique. Socialmente, grandes eventos voltaram a acontecer e economicamente as empresas têm se preparado para a volta do modelo de trabalho presencial.
 
De acordo com dados da consultora e líder global em real estate, CBRE, os números do mercado imobiliário de escritórios consolidam esse movimento.
 
Em dezembro de 2023, a companhia divulgou números promissores em relação à retomada dos escritórios. A pesquisa colheu dados dos 550 principais edifícios comerciais da cidade de São Paulo e constatou que 90% dos prédios de escritórios tinham um fluxo de pessoas acima de 50% da capacidade do local em 2023, enquanto em 2022 eram apenas 69% dos imóveis nessa situação. E a análise aponta que esse aumento na ocupação tende a continuar, pois existe uma demanda reprimida por espaço.
 
Esse comportamento positivo do mercado já se refletiu em uma absorção bruta acumulada em 2023 (o segundo maior da história), equivalente a 26% a mais do que o volume absorvido em 2022. Segundo as análises de 2023, a vacância manteve-se estável e fechou o ano em 21,2%. Essa vacância só não reduziu devido ao volume do novo estoque em 2023 ter sido três vezes maior do que o entregue em 2022.
 
Embora haja muitas opiniões divergentes a respeito desse tema, sobre a taxa de ocupação dos escritórios não voltar aos níveis anteriores à pandemia, as pesquisas seguem provando o contrário.
Estudo feito pelo Real Estate Board of New York (REBNY), em novembro de 2023, indica que a ocupação dos escritórios/salas comerciais na cidade de Nova Iorque estava em torno de 65%, considerando o mês integralmente. Já se desconsiderar a semana do feriado de “Ação de Graças”, o número chega aos 70%.
 
Os números mostram um avanço positivo no mercado de escritórios, entretanto, é importante que as organizações se preparem internamente para receber os colaboradores. É de conhecimento geral que a pandemia acelerou a implementação de práticas mais cooperativas, motivadas pela necessidade de se ajustar a novos modelos de trabalho.
Essas transformações continuam a influenciar a forma como as empresas funcionam e se relacionam com seus funcionários, proporcionando espaços mais adaptáveis e cooperativos que estimulam a eficiência e a inovação.
 
No processo de retorno aos escritórios, a experiência do colaborador tem sido um fator bastante relevante no processo de tomada de decisão das empresas, por conta do impacto nas taxas de retenção e atração de talentos, principalmente jovens. Dessa forma, regiões com empreendimentos de melhor qualidade e que conseguem unir soluções integradas entre trabalho, lazer, compras e um acesso facilitado têm sido bastante beneficiadas.
 
A decisão da retomada ao presencial impacta a atmosfera corporativa como um todo. Afinal, o espaço tem de ser mais amigável e não apenas no interior. Áreas externas que também podem ser usadas são importantes. Aquele hall sem nenhum tipo de conexão com o exterior é coisa do passado.
 
*Adriano Sartori é VP da CBRE Brasil e de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP
 
 

 



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