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Conforme documento divulgado pela Fiesp/Ciesp, daqui a oito anos, América do Norte e Europa Ocidental vivenciarão um baixo crescimento populacional, enquanto o crescimento de renda per capita aumentará. Ao mesmo tempo, acredita-se que Sul e Leste asiático terão aumento no crescimento populacional, econômico e de renda per capita.
Na África Subsaariana, o crescimento populacional e econômico também serão fortes. Quanto à região do Oriente Médio, estima-se maior crescimento populacional. E apenas a América Latina terá um baixo crescimento, tanto populacional quanto econômico.
Se atrelarmos essas informações ao desenvolvimento tecnológico, torna-se possível atingir reflexões quanto às mudanças na forma de consumir e no estilo de vida de diferentes povos. Com todas essas transformações, itens básicos para a sobrevivência podem atingir altas demandas e, consequentemente, necessitarão que suas produções sejam repensadas para melhores resultados.
Os espaços em que vivemos também sentirão os efeitos. De fato, as cidades passarão por modificações, já que o aumento da população e do poder aquisitivo refletirá em um processo de urbanização cada vez mais forte.
Estas e outras questões devem ser debatidas na 28ª edição do Congresso Mundial promovido pela União Internacional de Arquitetos (UIA), que acontecerá em 2023 em Copenhague, na Dinamarca. O evento visa destacar o papel da arquitetura e do planejamento urbano na construção de um futuro sustentável e no enfrentamento dos desafios globais.
Eleita a 2ª Capital Mundial da Arquitetura pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a cidade receberá uma série de eventos que pretendem explorar, sob o tema “Futuros Sustentáveis – Não Deixe Ninguém para Trás”, as formas como a arquitetura sustentável pode contribuir para que o mundo alcance os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
A cidade está no topo da lista das cidades mais verdes do mundo, tratando com muita atenção as questões relacionadas aos cuidados com o planeta. A preservação de áreas, o uso de energia eólica e o consumo de alimentos orgânicos estão entre as principais, além da mobilidade urbana.
Copenhague é considerada a capital mundial do ciclismo urbano, dispondo de cerca de 400 km de ciclovias, com amplo incentivo das autoridades locais para que moradores e visitantes façam praticamente tudo de bicicleta. O governo dinamarquês ainda almeja, até 2025, mais vias exclusivas para ciclistas, conectando, principalmente, os grandes centros às áreas periféricas.
No ano que vem também passará a valer o chamado “Plano Copenhague Carbono Neutro”, que pretende tornar a metrópole a primeira do mundo livre de carbono, com metas que incluem, entre outras coisas, o aumento de 20% no número de usuários de transporte público, cobertura verde em todos os novos edifícios locais e a absorção de 50% a 80% das águas pluviais. Uma verdadeira chance de as pessoas conhecerem os avanços dos valores culturais e suas influências à sociedade, tão necessários ao mundo de hoje!
É de brilhar os olhos, não é mesmo? Mas ainda temos um longo caminho pela frente. Pensando especificamente no Brasil e no setor imobiliário, é provável que possamos vivenciar a formação de bairros inteligentes, com tecnologias não poluentes e habitações sustentáveis e de baixo custo, que contribuam para a inclusão e diferentes estruturas sociais.