Como os terrenos em determinadas localizações estão cada vez mais escassos, a tendência da verticalização das cidades é uma forma de conseguir aproveitar melhor os pequenos espaços para construir.
Um estudo divulgado recentemente pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM), da Universidade de São Paulo (USP), indica que, pela primeira vez, a cidade de São Paulo passou a ter mais residências formais em prédios do que em casas.
Alguns locais ao redor do mundo são líderes na verticalização urbana, como Hong Kong. Com o maior número de arranha-céus do mundo, a região também abriga um dos maiores centros financeiros e até mesmo seus espaços públicos, como praças e jardins, ficam dentro destas edificações. Nova York, Tóquio e Dubai também figuram entre os locais mais verticalizados do mundo.
Outro fato importante é que as cidades compactas e densas tendem a ser mais sustentáveis, já que representam um menor consumo de energia per capita, utilizando-se da infraestrutura urbana para desenvolver ambientes com maior qualidade de vida, a exemplo de locais da Europa e da Ásia.
As preocupações com o meio ambiente estão cada vez mais presentes entre os debates das principais construtoras mundo afora. A relação dos homens com o planeta também deve ser repensada a fim de diminuir o máximo possível danos ao meio ambiente.
Os impactos, inclusive, já podem ser notados nos dias atuais, com a maior crise hídrica dos últimos 91 anos sendo enfrentada pelo Brasil. O baixo nível dos reservatórios, resultado da escassez de chuvas, impactou no preço da conta de luz e tem causado preocupação ao ambiente econômico e às prestadoras de serviços essenciais, além de reabrir o debate acerca da importância de fontes alternativas e sustentáveis.
Nesse sentido, uma opção que vem ganhando espaço é a energia solar, uma força eletromagnética cujo a fonte é o sol. Renovável, ela pode ser transformada em energia térmica ou elétrica e aplicada para diversos usos, como a da geração de energia e do aquecimento de água.
Considerada uma fonte sustentável e abundante, mesmo em países mais frios, ela tem recebido um investimento cada vez mais amplo de grandes potências, como China e Estados Unidos, que encabeçam o ranking de países que mais instalaram energia solar em 2020.
Tanto a verticalização como o uso da energia solar na construção civil são alternativas que buscam solucionar os impactos negativos do homem ao planeta. Somente entendendo e atuando na origem do problema é possível tomar decisões inteligentes sobre formas eficientes de reduzir o consumo e, consequentemente, os custos.
Seja por estes ou outros meios, é muito importante planejar metrópoles mais inclusivas e sustentáveis, onde os cidadãos possam ter acesso à mobilidade, bem como a possibilidade de residirem próximos aos seus empregos, serviços públicos e espaços culturais, aproveitando da melhor forma a infraestrutura e as condições urbanas com qualidade de vida.